terça-feira, 13 de agosto de 2013

BBom tenta depositar R$ 2,5 milhões para mulher de diretor

O Grupo BBom depositou R$ 2,5 milhões na conta da mulher do diretor de marketing da empresa, Ednaldo Bispo. As contas da companhia estão congeladas pela Justiça por suspeita de ser uma pirâmide financeira. Para o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), que fez a denúncia, tratou-se de uma tentativa de furar o bloqueio de verbas determinado em julho pela 4ª Vara da Justiça Federal em Goiás. "Todas as contas da empresa estão com determinação de bloqueio. Eles [responsáveis pela empresa ] tentaram sacar transferindo o dinheiro para a conta dela”, afirmou a procuradora da República que atua no caso, Mariane de Mello, em entrevista ao IG. O saque foi barrado pela Justiça. O flagrante fez com que também as contas de Bispo e da mulher fossem congeladas, segundo a procuradora. "Outros gerentes ou empregados ou grandes divulgadores fizerem a mesma coisa vão sofrer a mesma consequência  e poderão vir a responder como réus”, informou Mariane. O presidente da Embrasystem – dona da marca BBom –, João Francisco de Paulo, disse que os recursos bloqueados dizem respeito ao pagamento de serviços prestados por Bispo. "É caluniosa essa notícia. Estamos entrando com processo hoje mesmo no MPF-GO para esclarecer isso", disse Paulo.  "Eu peguei dinheiro emprestado para pagar”. Surgida em fevereiro, a BBom é apresentada como braço de marketing multinível da Embrasystem, que atua no ramo de rastreadores. Com a promessa de lucros com a revenda desse tipo de equipamentos, em poucos meses o negócio atraiu em questão de meses cerca de 300 mil associados, que pagaram taxas de adesão de R$ 600 a R$ 3 mil. Para o MPF-GO, porém, o esquema é uma pirâmide financeira pois o negócio se sustentaria com as taxas de adesão, e não da venda de rastreadores. O MPF-GO diz que a Embrasystem vendeu 1 milhão de rastreadores, mas só comprou 16 mil de seu principal fornecedor.

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